• Qui. Nov 21st, 2024

Grande Antecipação para o Festival Doce Maravilha na Marina da Glória, Rio de Janeiro

ByMaria Rovira i Lastra

Ago 16, 2023

No último final de semana, o tão aguardado festival Doce Maravilha fez sua estreia na deslumbrante Marina da Glória, no Rio de Janeiro. No entanto, apesar da grande expectativa do público carioca, o evento não esteve livre de desafios devido a uma série de condições climáticas adversas que afetaram a sua realização.

O festival apostou fortemente em um line-up impressionante para justificar o investimento daqueles que compraram ingressos e estiveram presentes no evento, especialmente devido às dificuldades organizacionais enfrentadas no último dia. O renomado jornalista e compositor Nelson Motta foi responsável pela curadoria artística do evento, e embora o encerramento tenha sido marcado por chuvas intensas, ventos fortes e muita lama na Marina da Glória, também foi repleto de performances carismáticas, dançantes, resistentes e emocionantes.

O primeiro dia do festival transcorreu de forma mais tranquila, beneficiado pelo clima sem chuva. Os participantes puderam desfrutar das atrações sem grandes contratempos. No entanto, no domingo, ocorreram alterações na ordem das apresentações dos artistas, o que gerou consideráveis reclamações dos fãs. No sábado, a única mudança foi o horário do show de Maria Gadú, que originalmente deveria se apresentar antes de Os Garotin, responsáveis por abrir o evento às 14h45 no Palco MangoLab.

O Palco Amstel, o principal do evento, sofreu danos devido à ventania, o que inviabilizou a apresentação de Maria Gadú no horário previamente agendado para as 15h45. A organização, então, decidiu usar o palco secundário e adiantou a performance de Jorge Du Peixe e Los Sebosos Postizos, que prestaram uma homenagem a Jorge Ben Jor e animaram o público que chegava à Marina da Glória no final da tarde com sucessos como “Os Alquimistas Estão Chegando” e “Umbabarauma”.

Finalmente, Maria Gadú teve a oportunidade de se apresentar no palco principal conforme o céu escurecia, proporcionando um show memorável em seu retorno à Cidade Maravilhosa. Seu repertório encantou os fãs com interpretações marcantes de canções conhecidas, como “Dona Cila”, “Quando Fui Chuva” e “Bela Flor”, além do hit “Shimbalaiê” e versões de músicas como “Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor”, de Milton Nascimento, e “Lanterna dos Afogados”, d’Os Paralamas do Sucesso.

A programação do Doce Maravilha conseguiu seguir conforme planejado para o restante do sábado. O primeiro show da noite foi realizado pelo duo Anavitória, mantendo no Palco Amstel a atmosfera serena criada pela performance de Maria Gadú. As cantoras apresentaram hits recentes de sua carreira, como “Te Amar É Massa Demais” e “Pupila”, e também relembraram músicas que as tornaram populares no início de suas trajetórias, como “Agora Eu Quero Ir” e “Trevo (Tu)”, além de uma interpretação emocional de “Partilhar”, de Rubel.

Na segunda metade da apresentação, o duo chamou Samuel Rosa ao palco, o que fez a plateia entoar alto os sucessos do Skank, como “Ainda Gosto Dela”, “Dois Rios” e “Vou Deixar”. Embora o evento tenha enfrentado desafios climáticos, a energia contagiante das performances e a paixão do público prevaleceram, fazendo do Doce Maravilha uma estreia memorável no cenário carioca.